A Aventura do intrincado entre Critérios e Premiação


Acho que nunca me debrucei aqui sobre o tema em especifico - mesmo que haja neste blogue e nos seu topo um separador especifico sobre o mesmo, que deve ser consultado para melhor percepção desta "Aventura".




Bom, vamos lá então e pelo princípio:


Critérios não são Prémios. Critérios de avaliação são o meio para atribuição do prémio - e não um fim em si mesmo, o prémio.


Cada prémio tem a sua lista (variável, de festival para festival) de critérios de avaliação, específicos para o mesmo, de acordo com a sua natureza.


Os prémios ditos "maiores" - 3ª, 2ª e Melhor Tuna - têm também os seus próprios critérios


E nestes podem estar - ou não estar - contidos os resultados que os critérios dos restantes prémios indicam. E podem estar nos critérios dos ditos prémios "grandes" muitos mais critérios do que aqueles que referem a pandeireta, o solista ou o estandarte, já eles próprios com os seus critérios específicos. Vejam o separador deste blogue em cima que diz "Critérios de Avaliação", p.f.


O prémio para a Melhor Tuna não é apenas a simples soma dos prémios restantes - a não ser que tal esteja previamente previsto e seja do conhecimento de todos os intervenientes. 


Logo, se não o é, parece simples de entender que a Melhor Tuna pode não ser aquela que mais  prémios de palco ganhou - há outros prémios que não são da lavra do Júri - como até aquela que mais prémios de palco ganhou pode nem sequer figurar nas 3 melhores tunas. Até há tunas que figuram num dos 3 grandes prémios sem ganhar qualquer prémio de palco.


O que nos leva ao inicio: Critérios não são prémios. Os primeiros são o meio usado - e cada prémio tem N ou menos do que N ou mais do que N critérios - para se chegar à premiação. E não o oposto, mesmo que haja prémios que sirvam para ajudar a atribuir nos respectivos critérios, os 3 maiores prémios.


Se fosse linear a lógica "quem ganha os prémios todos ganha o festival" então estaria pressuposto que não existiam critérios avaliativos para os 3 grandes prémios, bastando somar os restantes e perceber quem ganhou mais. Se pode acontecer? Pode, conquanto esteja devidamente especificado tal método. Ora, desconhece-se que o mesmo exista e/ou seja aplicado e mais, que seja jurisprudência por ser habitual - que não o é. Há até festivais que nem critérios têm.


Há N critérios para avaliar cada prémio - incluindo os 3 grandes prémios. Vejam em cima, mais uma vez. Talvez por isso haja festivais que têm o prémio de, p.ex., melhor interpretação vocal e outros não. O que não significa, por não existir o prémio de melhor interpretação vocal, que a mesma não seja alvo de avaliação. É avaliada. Onde? Nos 3 prémios ditos grandes. E assim sucessivamente.

É a confusão entre o que é o critério avaliativo e o prémio que provoca dúvida. 

Se somarmos o desconhecimento dos critérios de avaliação no festival XPTO (por isso se defende que cada festival deveria tornar públicos tais critérios), é perfeitamente natural que a dúvida nos assalte. Mas se tomarmos como principio que a distinção entre critérios e prémios é perfeitamente clara, então percebe-se de forma graciosa que pode acontecer uma tuna ganhar 3 prémios de palco e ganhar, p.ex., o 3ª Melhor Tuna.


Não é inédito, já ocorreu, muitas vezes ocorre e muitos nem conta dão de tal, precisamente, porque as variações de critérios de festival para festival são grandes, entre outras variáveis que, obviamente, existem - o festival X é distinto do Y e assim sucessivamente; não devemos tomar os festivais dos outros pela partitura do nosso, p.ex, e vice-versa.


E Bons Critérios para todos!


Edito: Parece suficientemente perceptível em cima que não é sugerida qualquer situação imperativa, ou seja, apenas é discorrido todo o tipo de cenários que o tema induz. Não existe qualquer obrigatoriedade em se avaliar de forma X, Y ou Z, nem tão pouco se diz qual a melhor ou a pior. O que se diz é outra coisa, bastando ler devidamente o texto em cima.





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