Só causará espanto ás mais incautas, distraídas e desavisadas almas, vamos convir.
Este mesmo blogue foi dando, vezes sem conta, ao longo dos últimos 18 desses 20 anos, da prova de vida em causa. De igual modo, outros espaços de referência o foram fazendo, amiúde. Não é, por isso, despiciente, afirmar que o PortugalTunas não é indiferente à comunidade tuneril nacional e internacional: Só tal já bastaria.
Contudo, a opção editorial delineada em 2003 - ela mesmo mutando-se pontualmente ao longo de 20 anos, sempre quando se justificou - mantém hoje toda a sua actualidade, pertinência e urgência, não se bastando o PortugalTunas a existir, simplesmente. O "Tunices" foi prova recente - mais uma entre tantas ao longo de duas décadas - de tal desiderato, vincando uma clara diferenciação face a todo o restante, na senda do próprio PortugalTunas, deve-se dizer.
Mas desvio-me agora do elogio fácil, por óbvio, de tão inequívoco.
Num tempo onde o copy/paste fácil ganha estatuto de doutoramento, onde a treta ganha contorno de tese, onde a mentira sobre a tuna veste toga e assume-se como doutrina, onde o folclore se substituiu ao trabalho sério, o PortugalTunas assume ainda mais protagonismo positivista, logo, maior responsabilidade.
Mais do que a imagem, novo portal a caminho, jantar de aniversário ou coorganização do ENT - que regressa ao fim de dez anos de interrupção - deve-se realçar dois aspectos: A continuidade da missão maior de forma musculada - formar e informar - e a renovação humana dos seus quadros.
Nestes tempos estranhos de negacionismo, onde a mentira quer vestir fato de verdade, à luz das redes sociais como catalisadoras de inverdade, o papel genético do PortugalTunas é, ainda mais, superior na sua importância. Manter a sua Linha Editorial e reforçar a mesma na prática é imperioso. Os preceitos de rigor e verdade são, hoje, imposições que os tempos obrigam.
Por outro lado, ninguém é eterno. Há gente que, comungando na plenitude o ADN PortugalTunas, surge agora - e vindos alguns dos tempos do "Tunices" - em boa hora, de forma a garantir esse mesmo código genético de 2003, agora revisto e aumentado - mas nunca desviado ou alterado. Desengane-se, portanto, qualquer alminha penada que por aí pulule, que as coisas irão alterar para um qualquer caminho estranho, a soldo de folclorismos negacionistas e/ou propagandísticos a favor de uma "coisa qualquer": Vai ter uma desilusão, ao que se percebe. Mais para mais, a renovação humana não obstaculiza - antes complementa bipolarmente - a normal presença de quem assegurou, por vinte anos, a manutenção do portal. Naturalmente.
Em suma, mais uma evolução na continuidade. Com reforço da batalha intemporal e interminável contra a inverdade histórica, a treta de 3/4 de mês, a propaganda para mero proveito pessoal (e nunca do todo da comunidade) e outros quejandos colaterais/sucedâneos: Como prova de tal, basta ler o Editorial publicado em 11/12/2022 no portal - entre N em 20 anos.
Posto isto, só me posso congratular, mais uma vez, pela evolução na continuidade. Em resumo, no essencial, nada muda. Apenas adaptação aos tempos estranhos em que vivemos, tentando responder aos anseios e hábitos de quem, hoje, constitui as tunas nacionais.
E venham mais 20. Assim, tal e qual, seguramente.
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