A Aventura do “check-sound ”...

algo que sempre me intrigou, devo dizê-lo com franqueza. Porque razão mais estranha as Tunas fazem “testes prévios” ao som … com a sala vazia? Vamos por partes:

Em 1º há que perceber que ninguém tem noções de sonoplastia a sério para aferir de forma concreta se o som serve ou não serve; não há, salvo pontuais excepções, Tunos que saibam o essencial sobre sonoplastia; dá-se “um jeito”, percebe-se que aqui e ali está mal, que há que cortar o “eco”, há que diminuir o “retorno”, há que isto e aquilo. Com sorte até se “apanha” alguém que é mesmo técnico de som e sabe o que fazer com aquelas mesas enormes que têm à frente. Mas todos sabemos que nós somos Tunos e não sonoplastas e que os “D.J.s” que estão nas mesas dos espectáculos de Tunas são tudo menos…técnicos de som. Esta é a verdade.

Estão lá, nas mesas, apenas para garantir que aquilo não se desliga a meio do espectáculo, são uma espécie de “preservativo” auditivo, por assim dizer, impedem “cortes” de luz e afins. Mas não passa daí.Sempre me fez muita confusão, quando fazia o “teste de som”, ver que o “técnico” fazia tudo menos…mexer nos botões da mesa, o que pressupunha uma de duas coisas; ou o som estava perfeito e não carecia de qualquer alteração (no entender do mesmo “técnico”, claro) ou então, estava uma tuna inteira a fazer “figura de urso” porque o “técnico” abana a cabeça, diz que sim a tudo, manda um “capataz” mexer num ou noutro micro e, concluindo, não mexe na mesa nem toma qualquer nota sobre o que a Tuna lhe acaba de pedir.

Por estas e por outras é que sempre disse que o “check-sound” é uma rica maneira de poder ensaiar um bocadito…e não passa daí mesmo. Enfim, não sei se concordam, se não, wathever, também não é importante. O importante é que o “check-sound”, mesmo sendo semanticamente uma palavra composta de origem anglo-saxónica, é já uma “tradição” no mundo tunante nacional e internacional, à qual poucos resistem e são indiferentes.O “check-sound” está para as tunas como o “xixi-cama” está para os putos às 9 e meia da noite, é quase um reflexo condicionado de Pavlov…

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