A Aventura do Fim...

Há que encarar as coisas, chegando uma Tuna a uma determinada fase que corresponde a uma cada menor esperança de retrocesso da marcha das coisas (e tal pode ocorrer por várias razões de todo o tipo e ordem, certamente) , de uma forma menos apaixonada e mais pragmática; quando uma Tuna atinge um determinado ponto abaixo da "linha de água" da sua própria sobrevivência (e sem aferir dos motivos) deve, essencialmente, compreender que o caminho seguido até ali não é o que serve à própria tuna.

Desta percepção, há duas alternativas a tomar em conta; ou manter a Tuna numa linha distinta e menos pujante, resumindo a sua actividade na proporção dos seus elementos e logo, das suas possibilidades, procurando alcançar mecanismos que até então não configurava de forma a revitalizar a sua actividade ou então pura e simplsmente e sem drama algum, encarar a hipótese da sua inactividade de facto enquanto Tuna.

Note-se que, chegado a este ponto, há que distinguir o que é inactividade da Tuna enquanto instituição (e sem prejuízo de outras actividades paralelas como convivio, jantaradas, etc) e o que é dissolver a Tuna enquanto instituição de facto, limite final de facto, obrigando quem resta e fez o "requiem" a encara-lo de forma natural e, subsequentemente, procurando deixar entregue o seu legado e património a vindouros de alguma forma, de forma a que um dia possa haver passado a resgatar por alguém vindouro.

Na minha opinião, quando se atinge um limite praticamente insustentável de sobrevivência enquanto Tuna de facto, há que o assumir internamente e agir em conformidade; É tão natural fundar uma tuna como a dissolver (e vários motivos haverão para tal dissolução,de vária ordem e índole). Apesar de não ser uma atitude agradável de se tomar, penso ser a mesma de uma correção extrema, bom senso e até a favor de um todo que é o fenómeno Tuna, se de facto, não existir outro caminho para o evitar.

É uma atitude digna e de Homem ter essa coragem. Já não penso ser digno viver-se acima das possibilidades reais existentes, fazendo de conta que nada se passa, como vai acontecendo amiúde. O depois...é doloroso certamente. Mas é digno e de uma elevação que se conpadece até com o estatuto (o verdadeiro e real) de Tuno.

Antes terminar com dignidade do que perder a mesma.

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