A Aventura Feminina...

A pesquisa continuada e fundamentada do fenómeno Tuna, em todo o mundo, leva muitas vezes o "estudioso" de ocasião a encontrar algumas peças de curiosa relevância, inquestionável qualidade e superior contributo ao fenómeno em geral. É o caso em concreto deste livro, editado em 2003 pela Universidade do Chile e intitulado "MUJER GENERACION SIGLO XXI - Reflexiones y Vivencias", que, a certo ponto, nos diz o seguinte e passo a citar a mesma passagem, sobre o cantar feminino estudantil:" En este texto hablaré de la mujer inserta en un ámbito que fuera en su inicio netamente masculino. Bueno, en realidad, cualquier tema o tarea que esté ligado a una sociedad activa, en sus comienzos siempre fue considerado netamente masculino.Quisiera referirme a roles marcados e impuestos por una sociedad con fe en la masculinidad. Aclaremos que los extremos, llamémosle machismo o feminismo, no me agradan, y que sólo me dedicaré a mirar por un momento desde afuera.La idea de este ensayo es hablar de la mujer dentro de un ámbito en el cual yo estoy activamente involucrada: en la vida universitaria, específicamente en un movimiento estudiantil de longeva y musical hermandad: las Estudiantinas o Tunas.La tradición de estas agrupaciones le exige a la persona perteneciente a este movimiento una actitud y una especial forma de ser frente a la sociedad. Digamos que se expresa a través de alegres rasgos picarescos, románticos, bohemios, musicales y andariegos. Desde el pensamiento masculino surge naturalmente la pregunta: ¿Por qué a la mujer le nace la inquietud, o “se le mete en la cabeza”, introducirse en un ámbito netamente varonil?Si analizamos esta pregunta podemos pensar que ya pasa a ser un tópico frecuente de esta sociedad. Si bien es una pregunta que una recibe en este movimiento, es en general un cuestionamiento que a la mujer se le ha hecho a lo largo de todas las actividades que ésta ha querido ejercer fuera de la casa, como por ejemplo: el estudio, el voto, manejar vehículos, la política, etc. En este caso, se cuestiona la necesaria expresión de un espíritu aventurero, llevado por el alegre romanticismo del canto en cofradía. Entones, el punto de partida de esta pequeña introducción es: ¿Puede la mujer estar en todas las actividades sociales sin perder sus cualidades propias?" (fim de citação).

Sem perder as suas qualidades próprias. Retenho esta frase como sendo aquela que mais ilustra o melhor contributo que as Tunas Femininas (e não Feministas) podem dar ao fenómeno, bastando serem elas mesmas, com as tais qualidades próprias da Mulher. Se bem que falamos de uma Tradição Masculina (Varonil, como acima é dito) e no âmbito da mesma estamos, pode a Mulher, querendo recriar essa mesma Tradição, não deixar de ser Mulher. Pode e deve, atrevo-me a dizê-lo.

Condenável será quando assistimos à masculinização da Mulher à sombra de uma suposta igualdade de direitos, quando a questão não se coloca no prisma da igualdade - a questão tradicional da Tuna nada tem a ver com igualdade ou falta dela - mas antes sim no prisma das naturais, óbvias e mais que salutares diferenças entre os géneros.

Uma das "bases genéticas" da instituição Tuna é a Mulher em sentido lato; a Mulher é a inspiração maior do Tuno e a Tradição Tunante é o que sempre foi e em nada se altera. O que a Mulher universitária deve fazer é recriar a Tradição Tunante de forma Feminina, simplesmente. Sem perder as suas qualidades próprias.

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