A Aventura da Coerência Tunante

É algo sempre a destacar. Principalmente quando muitos misturam o conceito de coerência com o de mudança. E quando a mudança é tranquila, ela mesmo é coerente no tempo.

Ser coerente - como em tudo na vida - é algo que por vezes, tem elevados custos a dado momento. Todos sabemos que é bem mais facil ser-se incoerente e andar, assim, ao sabor das conveniências. É, pois, fácil, para quem é incoerente apontar o dedo a quem o é, porque quem o faz desconhece até mais de metade para poder avalizar se há ou não coerência Tunante, logo, à falta de dados e conhecimento, os outros é que são "incoerentes".

Tantos e tantos exemplos há de coerência de principios mas não será deles que me irei debruçar, porque quem a pratica por principio nada teme ou terá a explicar seja a quem seja sobre a sua atitude. Até admito neste mundo tunante que haja quem não queira propriamente ser Tuno. Mas então pergunto eu porque razão estranha está...no meio? Não deveria em coerência, estar de lado, em cima, em baixo, perto, a rondar? Porque apontam o dedo os incoerentes tunantes aos que são coerentes quando estes apenas se limitam a sê-lo, perante uma Tradição como a nossa?

A Tradição evoluí, isso é mais que certo, porque...sempre evoluiu, já assim era ainda muitos que hoje militam e/ou gravitam no meio nem sequer tinham nascido. O grave aqui será quando alguns usam a evolução de uma Tradição para fazer outra coisa qualquer, misturando evolução com invenção, logo, conceitos entre si incoerentes até. Porque não assumem que não são simplesmente, uma Tuna? Que mal virá aos mesmos esse assumir? Não vejo algum que seja, antes e sim, coerencia e logo, respeito dos outros. Não me merece qualquer respeito quem julga que pode "fintar" um estádio inteiro e não os "árbitros" somente. Afinal de contas, ninguém é obrigado a ser uma Tuna, pode ser outra coisa qualquer, fazer o mesmo que vai fazendo, apenas muda em coerência a denominação. Que custa isto? Porque custa?

Porque existe uma - falsa - noção de que a Tuna é a única forma de se poder fazer uma série de coisas e não é. Há tantas formas de se viajar, conhecer outros grupos, pessoas, cidades, socializar, conviver, etc, tantas que não chegava um dia para descrever exemplos disso mesmo. Mas não, há que ser-se incoerente, julgando com isso que a "mentira" repetida mil vezes se torna em verdade...

Louvo a coerência Tunante de quem sempre a teve, lamento quem a perdeu mas respeito quem a assume desde base. Desde que naturalmente, a assuma. Não vejo nada aqui de transcendental.

E no nosso mundo Tunante encontramos uns que são indigentes tunantes, outros insoluveis tunantes, outros que nunca quiseram ser Tunos de facto mas antes de nome. Algo parecido com um apartamento para venda cuja entrada é de um prédio bonito mas o apartamento é algo parecido a um armazém ou bar ou garagem. Mas repito, aqueles que dizem que têm uma garagem então que mostrem a garagem, sem receios e não digam que é uma excelente "penthouse".

Aproveitando o titulo desta reflexão, saudar efusivamente quem há vinte anos consecutivos é coerente em tudo, para o bem e para o mal. Mas essa coerência em concreto contribuíu para a respeitabilidade e admiração de quem é...coerente entre actos e acções. Tanta moral que se prega e depois não se reflete na prática. Quem é coerente entre o discurso e a prática merece respeito e credibilidade.

Comentários

Nokas disse…
A postura de muitos tunos faz-nos tantas vezes recordar o velho dito "Faz o que eu digo, não faças o que eu faço.".
É a incoenrência entre o discurso "tunantemente" correcto e a postura que depois não se consegue assumir ou manter...

Vemo-nos pelas planícies no Terras de Cante.
(Hum....será fácil encontrar-te colega tuno?)
Será facil, seguramente...