A Aventura das "Tunas sem fronteiras"....

E de repente, só faltava mesmo o Eládio Climaco para o "cenário" ficar completamente "au point" e uma piscina repleta de bolas de plástico para dar mais "credibilidade" a uma "mise en scene" não enunciada, pior que isso, ludibriante e enganadora para alguns que desconheciam por completo ao que iam (e foram).

Não entendo, definitivamente. A boa fé, segundo o dicionário, indica-nos noções como sendo a confiança, crédito, boa intenção. E quando alguém parte de boa fé não faz precisamente o oposto, ludibriando (zombar de, enganar, iludir) quem de boa fé aceitou participar, compôr algo, com a melhor das intenções. Quando se convida alguém para ir a uma festa em nossa casa não se lhe apresenta à hora da mesma, com todos os convidados presentes, uma missa de requiem: Não é educado, muito menos de bom tom; lá porque os convivas trajavam de negro tal não significa que iam para a mencionada missa de requiem, deve-se relembrar.

Pior foi porque se tratou de algo que não se balizou pelas normais regras de convivência deste tipo de eventos mas antes sim, tratou-se - e só não vê quem não o quer convenientemente ver - de um qualquer manifesto feminista (que não feminino, coisas distintas e opostas) primário que apenas interessou a quem recebeu e porventura a alguns participantes, já que outros foram meros figurantes dessa manifestação de claro ataque ao cromossoma Y, como convinha aliás, dado o epílogo da "festa".

Quando se cai no mesmíssimo erro que acusam os outros, fatalmente cai-se também em incongruência, mesmo que as motivações fossem as mais nobres. Acontece é que não o foram, porque se o fossem, previamente ao decorrer dos acontecimentos TODOS saberiam ao que iam e assim, se calhar, seria mais honesto, correcto, directo e acima de tudo, bem intencionado. Não me parece que sejam com estas "manobras de bastidores" que se conquista - com se isso tivese alguma vez em causa! - direitos já adquiridos - o problema aqui é aquela postura bem nacional do "coitadinho" ou da "coitadinha" que nos indica uma auto-marginalização aparolada que só faz sentido para quem de facto, não consegue ver as coisas para além do que vai o seu horizonte.


Tudo de repente começou a fazer sentido quando alguém se dirige ao vasto público presente e lhes diz " os senhores lá em baixo mandam dizer que ..." numa atitude que começa mal desde logo, porque "sacode" o "capote" de qualquer responsabilidade (e fartar vilanagem de sabedoria que nestas coisas ninguém vai depois pedir "explicações"..) e que continua a enunciar tanta coisa junta que às tantas, já não se sabia nada de nada tamanha foi a confusão gerada. Depois, para acabar em beleza, num autêntico "auto de fé" digno de Gil Vicente, surge algo nunca visto porque não é de bom tom que surja e muito menos sem conhecimento prévio dos intervenientes, indo até, pasme-se, contra as próprias regras do jogo previamente estipuladas.

Claro, depois das coisas acontecerem, de os egos ficarem massajados conveniente e esperadamente atrevo-me a dizê-lo, é evidente que só quem previamente se manifestou está naturalmente salvaguardado; às vezes mesmo que não se veja o fogo, sente-se o fumo....

Que não se repita tamanho escândalo. Pelo menos, da parte de alguns, não se repetirá. Cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém e saber-se para o que vai é apanágio de quem age de boa fé. A mesma que não houve neste cenário que apenas aproveitou a meia duzia. Não contarão mais com quem agiu de boa fé e essa é a logo a primeira perda de todas, contarão apenas com os "cumplices" do "costume". Já disse neste blog anteriormente que "Deus não junta mas arrebanha". Certo. Mais que certo. Só é ludibriado quem age de boa fé.

Post Scriptum: Já posterior a este post - e acreditando seguramente que nada a ver com o mesmo - surge uma espécie de "camuflagem informativa" sobre o assunto algures, na mesma senda do anteriormente dito. Só é pena - mais uma vez - não se dizer tudo, mas mesmo tudo, nem que fosse em powerpoint....

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