A Aventura do "rewind" do não-tema.


Ao que parece, o tema continua a fazer rewind nos leitores de mp3 da memória tunante nacional e agora com argumentos do género "Se Hitler matou milhões então matar 500 é coisa pouca", o que diz muito desde logo do profile engenhoso e vergonhoso daqueles que querem continuar a branquear os factos em causa e só esses.

Eu por acaso até nem queria entrar mais por aí, como se diz agora, porque já nem sequer é tema politicamente incorrecto, muito menos correcto e muito menos ainda para silly season (já nem a isso tem direito esta novela "achulézada"), é um não-tema quanto a mim, se assim preferirem. Quem usa a "botibota" não irá deixá-la de usar e quem acha que a mesma aberração o é vai continuar a achar, pacifico porque óbvio. Em suma, fazer rewind nesta matéria em concreto só pode interessar a quem manifestamente se vê sozinho na multidão, a quem quer à força toda (coitados..) "impôr" o absurdo e o imbecil a uma comunidade que se preza por discernir com mais ou menos dificuldade entre o que é anti-natura e o que é obviamente normal porque natural.

A unica coisa positiva que tudo isto revela é que - ao contrário do que seria de supôr - quem traz para a actualidade o tema é precisamente quem necessita desesperadamente de se justificar e de justificar assim o estúpido porque execrável e não quem defende o normal. Estes que defendem o obviamente normal já não se perdem em "rodriguinhos técnico tácticos" porque tudo dito faz tempo. O que me quer parecer é que o isolamento de quem a ele se prestou e se colocou a jeito já se faz sentir e cada vez mais se nota que é condenável dar guarida a esses "artistas da inovação" a fazerem lembrar o imbecil que colocou um cão até à morte numa galeria de arte para justificar a sua "arte". São fruta do mesmo cesto, fruta de um cesto de uma tendência armada em "moderna" que está pejada de gente que apenas e tão só quer chocar pelo chocar, quer apenas e tão só dizer que são "livres" mostrando realmente que afinal, livres são os que sabem estar na Liberdade enquanto valor e não aqueles que usam a dita "liberdade" para impôr a terceiros algo que nunca poderá ser imposto por um a todos os restantes.

Em suma, o não-tema apenas é tão somente o "artista" que colocou o cão entregue à morte numa galeria e lhe chamou por isso "arte". Também temos aqui "artistas" desses. Agora, que lhe dêem guarida quem quiser e tiver coragem para isso. Porque quem o fizer, também está a matar o cão à mesma. Quanto a mim, prefiro o Louvre ou o Prado, mesmo cheirando a mofo.

Post Scriptum: Não voltarei a falar deste tema que tão mal me cheira porque isso é pactuar indirectamente com quem está profundamente fora da normalidade tunante. Mais do que se falar está sim na hora de banir quem não quer, afinal, estar no meio - como é óbvio. Quem precisa de falar "disto" é pelos vistos quem está a sentir o peso da sua "arte", não quem age normalmente.
O Tuno por essência é um ser inteligente e não somente "esperto". E a inteligência foi aquela coisa que o Criador nos deu para evitarmos problemas e não para os arranjarmos...

Comentários

J.Pierre Silva disse…
Não prevejo que o assunto se esgote por ser o paradigma e termo de comparação objectivo daquilo que não deve ser seguido por quem queira estar nesta comunidade com toda a idoneidade e legitimidade.

Reconheçamos que o facto destes senhores terem assumido publicamente o sue modus procendi trouxe benefícios claros neste aspecto, já que o assunto deixou de ser tratado em surdina por muitos.

Haja, como dizes, a coragem da comunidade tunante não se ficar por palavras, indo até mais longe, nomeadamente quanto a outros tantos casos que continuam no cochicho.
Caro Pena;

Eu, pessoalmente, nunca fui muito de "fogo de artifício", devo confessar. Muitos comentários a um assunto não lhe dão mais ou menos importância, quanto muito a sua actualidade sim e depois temos a perda da mesma mais dia menos dia. Acho que tudo tem um momento, o seu momento, começa actual, mantêm-se à tona da actualidade pela sua maior ou menor gravidade, certamente. Mas chega a um certo ponto que acaba por se produzir o efeito oposto. Daí dizer que é um "não-tema" neste momento, que não carece de mais delongas retóricas, que mais do que palavras atrás de palavras, repetidas portanto até à exaustão provando a sua perenidade, mais do que as palavras chega depois o momento fatal, o da consequência efectiva. Quanto a mim, passem os Tunos de facto às devidas consequências e para ontem,que já vai tarde.

Abraços!
Aliás, a titulo de curiosidade apenas, é por essas e por outras que este blog tem comentários apenas de pessoas identificadas e devidamente registadas; Há muito que perdi a parcimónia quanto a uma certa libertinagem opinativa que cobardemente se arrasta pela Internet, pelos corredores, pelos bastidores. Não me apetece, sem dúvida alguma, aturar certas coisas. Não é democrática esta postura? Provavelmente. Mas é a mais saudável quanto ao propósito deste blog e no caso. Não quero mil leitores opinativos, antes 500 pensativos e desses 500 metade a pensar no que vão lendo por aqui, por outros espaços cibernauticos.

Abraços!