A Aventura dos CTT: Convites "Trocados" a Tunas

Seria engraçado se fosse 1 de Abril ou nem por isso, diria até. Ora vejam o comunicado contido em http://tuist.ist.utl.pt/noticias.php#33

Fala-se abaixo da troca de destinatário da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência mas pelo menos sabe-se quem é claramente o remetente. Mas de facto o atrás citado acaba por ser peanuts se comparado com esta cena de gente mal formada, mais, com este crime, mormente a mesma trazer publicidade gratuita para o festival em causa poupando assim a organização do mesmo uns euros valentes em cartazes e afins, o que faz com que o(s) autor(es) material(ais)da "gracinha" acabe por ver a sua intenção frustrada e mais, com o efeito precisamente oposto.

Seria genial se a ideia tivesse sido puro marketing. Mas não foi. Foi crime, é o nome correcto a dar. A tentativa de usurpação de identidade - que não é anonimato, note-se, isso é outra coisa bem distinta - é crime mesmo na Internet. Já o jornalista José Pedro Castanheira afirmava acerca do anonimato online e cito "Provavelmente temos aqui um problema relacionado com o défice de participação. As pessoas sentem que não conseguem participar nas instituições mais comuns, mais vocacionadas para isso e ao não participarem, sentem a necessidade de intervir de uma forma ou de outra. E o anonimato será a forma mais fácil de participar." (fim de citação). Em suma, um caso de inadaptação ao meio, aqui, o tunante, claro está.

Claramente esta situação não se confina a timidez participativa mas antes extravasa a mesma e de forma lesiva pela usurpação de identidade de terceiros, o que de tímido nada tem, vamos convir, muito pelo contrário. Vários dados atestam o acima dito: O uso de um template que foi outrora usado e numa única ocasião acabou por ser fatal, deixando um rasto claro entre outros rastos óbvios. O mesmo suposto convite, se analisado com cautela, mostra até um tipo de letra distinto no campo email de contacto face à fonte escolhida nesse mesmo documento, revelando desde logo uma clara intenção que de boa nada tem como se constata, entre outros "pormaiores" que uma simples análise mais atenta revelam. Ou seja, "trabalho" de amador(es) ainda por cima, com a agravante de possibilitar um desviar de suspeitas para terceiros ("benditos" cyberbares..). Bonito, não é?

Mais importante que isso será denotar-se que o meio tunante nacional facilmente constatou tratar-se e num primeiro momento de uma brincadeira concluindo num segundo momento tratar-se um embuste claro com propósito óbvio e alvo previamente definido - tudo isto configura claramente antecipação, preparação e timing escolhido com cuidado - sendo que se confirma facilmente a segunda opção neste momento. Pior quando este embuste revela circunstâncias só possiveis de serem conhecidas por quem possa porventura estar mais perto dos acontecimentos.

Pior, usurpação quer de nome colectivo quer privado, usando um nome em concreto e com rosto como sendo o mesmo o autor dos pretensos convites falsos, o que também configura uma moldura de âmbito criminal, note-se.

Este crime não só é atentatório para com a organizadora do evento em causa - bem como sponsors, apoios públicos e privados, etc e restará saber que efeitos poderá ter nos mesmos de futuro... - como também o é para com quem recebeu tal "convite". Toda e qualquer Tuna que, assim, recebeu o mesmo e no seu legítimo direito pode e deve sentir-se lesada com tal acto cobarde e criminoso - podendo até pedir explicações aos pretensos autores do convite (!?) - e deverá pelos meios que bem entender contribuir da forma que lhe aprouver para o cabal esclarecimento de tudo isto. Mais, este crime é contra todas as tunas dignas desse nome, em ultima análise.

Certo é que Tuno que é Tuno não procede desta maneira, caso oposto, não é Tuno seguramente. Por isso mesmo é que rapidamente se deu conta deste embuste, desta usurpação de identidade: O meio tunante nacional de facto e apesar de tudo é pequeno, tem anticorpos criados que cruzando informação levam necessariamente ao mesmo destino, à mesma conclusão. Só quem não é Tuno de facto e age por isso mesmo desta forma ignóbil é que nunca perceberia tal coisa, como não percebeu nem nunca perceberá, de resto.

Mais não resta do que perguntar: A quem pode tudo isto interessar? A quem interessa difundir em larga escala um pretenso convite a inúmeras Tunas usurpando o nome de alguém para o efeito e no caso em apreço?

A minha solidariedade total para com os visados, obviamente. Também já fui alvo de calúnias sob usurpação de identidade de terceiros e confesso que não gostei, como nenhum de vós gostaria certamente. Eu agi - e agirei sempre que tal se justifique - em conformidade então.
Mais não restará que esperar que quem de direito vá mais além e denuncie publicamente quer os factos bem como os autores desta "façanha" havendo prova da autoria, caso oposto teremos mais de futuro e a noção de impunidade terá assim provimento, potenciando mais crimes desta natureza ou outros.

Se queremos dignificar o bom nome das Tunas nacionais então e face a "isto" mais não restará do que varrer liminarmente do mapa quem se presta a comportamentos deste calibre que nada têm a ver com o Estudante, com o Tuno, com o Homem bem formado.

Comentários

Anónimo disse…
É muito natural destruir o que não se pode possuir.

Lamentável, mas verdade.
Eduardo disse…
Caríssimo:

importas-te de me explicar isto em português suave e com filtro?

Aquele abraço!

Eduardo
Claro. meu caro. Mas para facilitar sugiro visita ao site da TUIST ou ao PortugalTunas. Ficarás rapidamente a entender tudo isto. Ou não!

Abraços!
Eduardo disse…
Já lá fui...

...!

Abraço!