A Aventura dos Primórdios...


Assim reza a História...

"A Queima das Fitas desenrolou-se naturalmente em Coimbra até 1969, altura em que foi decretado luto académico e as actividades praxísticas ficam suspensas.

No Porto, a Queima das Fitas aguentou-se até 1971/ 72, altura em que cessou a Praxe na Invicta. As condições políticas da época levaram a que os estudantes tivessem medo de usar a Capa e Batina devido a possíveis retaliações. As correntes políticas mais activas de então consideravam as Tradições Académicas como reaccionárias, daí a oposição à Praxe e às suas manifestações.

Em 1978, um grupo de estudantes, num acto de coragem, resolveu organizar-se e saiu para a rua um cortejo que recebeu o nome de Mini-Queima. Foram-lhes atiradas pedras e fruta podre, mas não desistiram.

Em 1979, tentou-se alargar a iniciativa mas existiam duas comissões organizadoras. Só uma delas conseguiu avançar pois a outra seria movida por ideais políticos e não teve sucesso.

Assim, prevalecia uma comissão denominada Secretariado da Queima das Fitas Tradicional, integrada por estudantes das Faculdades de Medicina, Engenharia, Farmácia, Escola Superior de Medicina Dentária (actual Faculdade de Medicina Dentária) e Biomédicas (ICBAS).

Numa conferência de imprensa realizada para a apresentação dos objectivos, diziam:

«Estudantes que somos de uma Academia velha de décadas e rica de tradições e valores, rejeitamos a ideia de que fazer-se tradição seja fazer-se política, como reprovamos a actuação daqueles que, hoje, mais espalhando este conceito, ontem se aproveitaram das tradições para a promoção dos seus ideais (...)»
(fim de citação)


(in O Primeiro de Janeiro, 5 de Maio de 1979) - fonte: http://pwp.netcabo.pt/qvidpraxis/



Palavras Sábias: Ontem a questão residia no aproveitamento político, hoje reside no aproveitamento ecónomico; ontem soube-se resolver, hoje...não se quer resolver.

Comentários

"Palavras Sábias: Ontem a questão residia no aproveitamento político, hoje reside no aproveitamento ecónomico; ontem soube-se resolver, hoje...não se quer resolver."

Ilustre, é bem verdade e não vejo forma disto levar alguma reviravolta. Cada vez mais as Queimas, não só a do Porto, centram a sua atenção nos espaço nocturnos onde se consome alcool e não só! Isto de Academismo, Tradição e Praxe... não tem absolutamente NADA!

O importante é vender, consumir e tornar a vender... Enfim...