A Aventura do balanço


E pronto, eís-nos em vésperas de 2009 e mais um ano que termina.

E poder-se-ia dizer que nada de novo pela Tunolândia pois 2008 trouxe mais do mesmo que o ano anterior já nos tinha trazido. Desde desaparecimentos de Tunos, passando por poucas mudanças no mainstream nacional, onde se verificou de forma pontual aqui e ali alguma descapitalização na manutenção da qualidade organizativa de eventos, terminando com a já sensaborona pouca fidelidade - portanto, atentado - aos princípios que devem nortear o conjunto do fenómeno com claros erros avaliativos que sustentam uma preocupante e crescente "canonização" do show-off, cá estamos a chegar ao final de mais um ano tunante com os mesmos erros de sempre, as mesmas falácias de sempre e pouca coragem em os combater na raíz, o que tudo somado não perspectiva as necessárias e tardias melhoras do fenómeno.

Pouca coragem em promover o importante, nenhuma capacidade para defender o essencial numa espécie de "baralhar e torna a dar" que já começa - mais que a afectar - a ridicularizar esta cultura outrora tão respeitável perante qualquer olhar e escutar minimamente saudáveis. Cada vez mais são menos os eventos que valem realmente a pena e cada vez mais são muitos a querer que assim eles sejam. O caminho trilhado este ano - e salvas honrosas excepções - continua a ser na aposta no artificial e pré-fabricado e não na autenticidade e competência. E assim vai a Tunolândia, bela e formosa, qual Maria Antonieta a caminho do cadafalso, passo ante passo, para gaúdio da populaça claqueira que, autocarro após autocarro, enche a praça do pelourinho para ver sangue....

Que 2009 seja diferente. O problema é que, a ver pela montra, temo que para pior. Ainda assim, bom Ano Novo a todos!

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