A Aventura do que realmente é versus aquilo que se diz ser..

Será porventura outra das grandes "doenças" que ataca o fenómeno tunante, a abismal diferença entre o que realmente é e o que se diz ser. Não será bem o mesmo que a diferença entre opinião pública e opinião publicada - felizmente! - mas anda lá perto, de facto, pois vai havendo opinião publicada que mostra claramente como as coisas realmente são.

Neste país tunante cavalga-se muita coisa embalsamada, onde a única coisa que muda é apenas a numeração anual e pouco mais; sempre a mesma coisa, com os presentes costumeiros, os mesmos dejá vu que se sucedem ano após ano e pouco mais. Uma espécie de rigor mortis tunante que ano após ano vai endurecendo ainda mais e mais, com uma pitada de "novidade" aqui e ali apenas para inglês ver. Podem afirmar alguns "e depois?". Ora nem mais, o rigor mortis é uma espécie de negação do depois, obviamente. Como eu os entendo!!

Acontece é que a negação do "depois" é ela mesma a tricheira da negação de mais e melhor, de evolução tunante, daquilo que por aqui se vai fazendo de coerentemente sério (note-se e reforço). A trincheira dos que embalsamaram está repleta de situacionismo, de paragem cardiaca, de comodismo, etc. De mais do mesmo.

Por oposição, surgem outros que pouco têm a cavalgar - diz a opinião publica, claro. Quando ela passa a publicada, em alguns casos, constata-se que o que estes cavalgam é a sua própria dinâmica, a sua vontade de mais e melhor, de quebra dos "tabús" imbecis onde a dita "opinião pública" se refugia cobardemente, é bom de se dizer.  Pretende-se evoluir no sentido mais dinâmico possivel, aberto de espírito, na procura do melhor e do mais, não evoluir em cima de uma sigla e nada mais. Depois, toda esta constatação de facto - que seguramente todos nós, os mais atentos ao fenómeno, já fizemos N vezes - leva necessáriamente a concluir o evidente: Há diferença óbvia e clara entre o que diz ser e o que realmente é. Evidentemente que há.

Da parte que me toca - pessoal e só - talvez por já ter visto praticamente tudo e ter estado nesse tudo ao longo destes anos todos, cada vez mais me estou nas tintas para algumas das coisas que dizem ser isto e aquilo, até porque sei muito bem o que dizem e o que realmente é. Prefiro - pessoalmente, outra vez - de longe, ficar com aquilo que realmente é do que com aquilo que muita opinião publica - cada vez mais - e publicada também diz ser. Traduzo frontalmente: da parte que me toca - e que só a mim me vincula - alguns podem poupar o email, pois a resposta é um redondo "não, obrigado, já há"; prefiro, de longe, apostar no que de mais importante e essencial, por genuíno, existe. E existe, felizmente! De longe o que realmente é. Obviamente só enterra a carapuça quem se revê no rigor mortis.....


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