A Aventura da "Gibraltar da Beira"

516 D.C.

Sir Lancelot, na sua procura pelo Santo Graal, caminhava com as suas tropas pelos arvoredos do Essex, a caminho das Highland´s escocesas, a fim de pôr cobro aos ataques dos Clan´s MacDonald´s, MacIntosh e MacModa, que saqueavam a seu bel prazer as Terras Altas.

William Wallace, um fora-da-lei escocês do Clã MacChiken [sem pepino, p.f.] que procurava a independência da sua terra e depois de ter saído de outro Clã, resolveu arriar umas sacholadas nas tropas de Sir Lancelot, preparando uma emboscada e fazendo uma jointventure com Robin Hood e John The Little, mais conhecido por João Pequeno, um Lusitano arraçado oriundo de familias nobres das Highland´s Beirãs.

Ora, a refrega correu mal e Wallace perdeu a mesma, fugindo com João Pequeno para a terra natal deste, nas Beiras, refugiando-se numa pequena aldeia chamada de Cove Ilhãm. Lá chegado a Cove Ilhãm, desatou a cantar modas scotish [doze anos para cima, claro] numa influência claramente Anglo-Saxónica com a flauta travessa, característica dos pastores, que mais tarde adoptaram o saxofone para cumprir a função da dita cuja flauta.

Assim nasceu a musica tipica de Cove Ilhãm, como todos sabemos, penhor de larga tradição e que chegou aos nossos dias onde, até, para lá dos antigos pastores que trajam kilt´s num estampado absolutamente único - às bolinhas - temos estudantes a cantar o Forever Young - música tipica de Aberdeen, Glasgow ou mesmo Clackmannanshire - e, pasme-se, numa aculturação primorosa e única na história da música, cantam o God Save The Queen todos os dias pela manhã, juntando-se à porta do City Hall da Cove Ilhãm e hasteando a Union Jack por entre whiskys e Vinho do Porto da Warre´s e Taylor´s. O Povo de Cove Ilhãm passeia-se alegremente hoje de Range Rover e alguns até de Rolls Royce, ouvindo nos seus leitores de CD´s os filhos dilectos da Coroa Britânica em plena Highland Beirã. A vida nunca foi tão bela nestas paragens desde que o Tratado de Methuen foi assinado. Of Course! E prospera-se!!! Cove Ilhãm - 4, Portugal - 0 !!!!

Bradam-se versos dos The Smith´s pelas ruas de Cove Ilhãm: "Panic on the Street´s of Lisbon, Panic on the street´s of Oporto, i wonder to myself, Could life ever be sane again on the Cove Ilhãm side-streets that you slip down, i wonder to my self!!!!!!

A cópia ultrapassou assim, o original, de quem tanto se quis demarcar. Gibraltar que se cuide, afinal, há mais Reino Unido na Península Ibérica do que aquele inutil calhau.....

Comentários

Eduardo disse…
Eis finalmente explicada a origem do refrão:

«Maria Albertina
Como foste nessa
De chamar Vanessa
À tua menina?»

cujo original era

«Mary Aberdeen
Por que foste a Ness?
E chamas Van Ess
À tua filha teen?»

Afinal, era de inspiração no célebre lago e a menina era filha de pai holandês. Está esclarecido.

Sugiro como mascote para a nóvel pipe band das Lowlands lusitanas a célebre gaita-de-dois-foles das McAldas-of-the-Queen - com a legenda gaélica "Sinn Féin!" - ou, na tradição heráldica do arquipélago, a tradução francesa "Nous Mêmes!"

Como diria Duncan McLeod (do clã McLeod) "There can be only one", e eu também pensava que sim, mas pelos vistos há pelo menos duas... Será "a kind of magic" ou da divina intervenção de MacGyver? (este tem "a" no "Mac" por ser americano)

Abraço.
J.Pierre Silva disse…
Tudo se permite com a desculpa da inovação.
Não sabe de onde vem a Tuna, quais as suas raízes e traços distintivos e identificativos, po risso deturpam, inventam e denigrem.

Mas porventura seriam aqueles que se o fado passasse a ser cantado em inglês (e não adiciono aquelas aventuras da Amália em Paris ou no Japão), cá em Portugal, que os ranchos tocassem U2 ou Dire Streets e cantassem em holanês, que os grupos d emúsica popular tcassem scoprpions e cristina aguilera em francês ou alemão........eram capazes de achar abuso.

Pois, mas a Tuna é uma tradição Ibérica e da América Latina. Nada tem a ver com francofonia ou cultura anglo-saxónica.

A Tuan é um formato e uma tipologia que por muito elastecidade que tenha, tem balizas.

São essas que muitos senhores não conhecem e desrespeitam - e depois se sentem muito ofendidos por serem contraditos e criticados.
As far as I'm concerned, case closed. It´s all about Tuna (not tunafish...) or not.

Best regard´s and game over.

Your´s trully
Marta disse…
Já sabia que tinhas uma imaginação do caraças. Só ainda não sabia verdadeiramente o quanto! :)
Parabéns pelo texto! E até Viseu!
Your´s faithfully!
Marta disse…
Ah... a propósito deste tema que tanto se debate (ou não!) nos meandros da Internet... eis que o teu post sobre groupies nunca esteve tão em voga e tão à altura do acontecimento!
Sir Giga disse…
Já te disse, "Aventuras". Os moços são capazes de bem melhor. Tiveram foi muito maus "role-models". E olha que nunca os vi a concurso "ousar" algo do género. Aquilo é circunscrito à sua área de proveniência. Tipo Chernobyl...