A Aventura da Obsessiva Erecção...


Para que conste. Definitivamente. A elevação da posição erecta em Tuna à condição de postura única é errado.

Dizer ou defender o oposto é, pois, manifesto de ignorância ou clara e evidente má fé.

As provas estão à disposição; como sempre disse, contrariem-nas com provas, não com opinativos.

Resulta da imaginação fértil dos incautos ou da malícia oportunista dos invejosos afirmar que a disposição em cenário sentada “não é de Tuna”. Não, é ao contrário, precisamente o oposto se passa e no caso português. Tocar de pé é importação, da postura da Tuna Espanhola em concreto e resulta do “boom” dos anos 80/90 do Século XX. Sendo a Tuna estudantil um fenómeno ibérico, resultam claros vários processos de aculturação – mais de lá para cá do que o oposto, que também ocorre aqui e ali e mais recentemente.

Curioso serem os mesmos néscios/mal intencionados que dizem que tocar sentado “não é Tuna” serem precisamente os também os mesmos que atacam tudo o que é espanhol na tuna, não sabendo os mesmos que – tamanha incoerência – muito do que são, mostram e fazem foi importado precisamente da Tuna espanhola. Y Olé!

E é nessa mesma incongruência que se vê não só a ignorância, como a cultura do falso mito, quando não da mera antipatia/maledicência: Se assim não fosse, bateriam palmas a tudo o que é eminentemente português – tocar sentado, p.ex. – e rasgariam das suas Capas tipo “exame de código” os emblemas e brasones – coisa importada dos Espanhóis – que orgulhosamente ostentam – e que já agora impedem a visualização do preto da dita cuja Capa (lá se vai a dura praxis sed praxis.....). São estas incongruências que revelam, até, o carácter – ou falta dele – de alguns. Um dos problemas da má língua é ser atrevida por ignorante.

Do “Qvid Tvnae”, cita-se a pesquisa sobre a matéria:

Do que nos foi dado a ver e das provas reunidas, as nossas tunas executavam temas quase exclusivamente instrumentais, como sucedia com as suas congéneres espanholas.

Embora estejamos convictos de que, pelo menos nas serenatas nocturnas, de cariz informal, se haveria de cantar, a maioria dos documentos estudados refere temas instrumentais, para execução em salões durante bailes e saraus, o que explica a disposição orquestral, com maestro – esse, sim, de pé.

É uma característica que, como verificaremos mais à frente no nosso estudo, se perderá a favor da postura em pé, entretanto copiada da prática das tunas espanholas.


No entanto, e embora as tunas tivessem uma vincada característica «sedentária», com a sua actividade voltada essencialmente para os concertos de sala/salão (por vezes ao ar livre, mas nos mesmos moldes), dada a concepção musical da época, também lhes conhecemos as noctívagas rondas amorosas (que diferenciamos, obviamente, das arruadas e desfiles à luz do dia – de repertório e praxis totalmente diferenciados).” (fim de citação)


Que fique, pois, claro. Leiam. Se não sabem, não inventem. Inventar dá mau resultado. Principalmente quando se inventa apenas para atacar algo ou alguém: Burrice ao quadrado.

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