Foto: Tuna Bruna - Tuna Universitária da Figueira da Foz
Sempre alertei aqui - e não só - sobre aquilo em que transformaram a Praxe. Como sempre alertei aqui sobre a promiscuidade em que a ditadura dos ignorantes caí ao misturar Praxe com Tunas - quando são coisas completamente distintas.
São vários e ao longo dos anos os artigos sobre o tema. Mais que suficientes, diria até.
Chegamos lá, por estes dias. Sempre disse que estavamos a viver um A.M./P.M. - Antes do Meco, Pós Meco. Eís a evidência. A Praxe está com os dias contados. A Opinião Pública - que outrora não só a tolerava como acarinhava até - está contra. O poder político idem, da esquerda à direita: Um feito único. A comunicação social, essa, na sua incessante busca por sangue, agradece à Praxe por tentar se manter à tona, dando-lhe de mão beijada pretextos para idas à Serra da Estrela.
A Praxe está em claro declínio e tenderá a desaparecer, restará residualmente. O estigma aumentou, a repulsa triplicou, a paciência perdeu-se. Tudo o que possa ser até uma mera brincadeira inocente acaba por levar um rótulo de intolerável. Colhe-se o que se semeou. É o retorno dos abusos cometidos em nome da Praxe. É o delapidar de um património por culpa de alguns. Irá piorar mais, ainda. Mataram a galinha dos ovo de ouro.
A Tuna, essa, como nada tem a ver com a Praxe, manter-se-á. Continua, com mais ou menos dificuldades mas continua. Acredito que também por força de um trabalho começado há muito que quis mostrar que a Tuna nada tem a ver com a Praxe. Ao separar duas coisas distintas por génese, DNA, historicamente comprovada tal distinção, tal fez, faz e fará com que se garanta a sobrevivência da Tuna. Poderá ser dificil, mais fácil mas sobreviverá. Hoje as pessoas já não associam uma Tuna à Praxe, associam-na a Música - que é a razão da Tuna. Essa dissenção foi, é e será inevitável para a própria sobrevivência da Tuna.
Ao ver o estado de quase clandestinidade a que a Praxe chegou - o que aplaudo de pé - fico congratulado por ver, hoje, que a Tuna está fora dessa equação sinistra. Porque sempre esteve, até.
Afinal valeu a pena. Hoje somos nós, Tunas, que damos brio ao Estudante, que o honramos, que lhe damos prestígio por esse mundo fora. Valeu a pena.
Confutatis maledictis,
Flammis acribus addictis,
Voca me cum benedictis.
Oro supplex et acclinis
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