A Aventura do Desconfinamento III





Começa lentamente a retoma, como se pode verificar por uma simples viagem pela www.


Já há Tunas na rua, embora com as devidas medidas em vigor a manterem-se e muito bem. Começamos a ver pequenos espectáculos pontuais, mais restritos, mais intimistas mas ainda assim, ao vivo - que é o que realmente interessa.



O que me leva a concluír que é cada vez menor a relevância, senão mesmo insignificante, a realização neste momento de eventos online. Por despicientes, despropositados e até inúteis: Já se percebeu que as pessoas estão francamente saturadas do online - o que é mais do que compreensivel - estando cada vez mais a regressar à normalidade, ainda que condicionada.



Note-se que me refiro em concreto aos "festivais online" depois de uma overdose dos mesmos em tempos onde se justificavam. Começamos há um ano e pouco com os famosos "covídeos aos quadradinhos" e depois passou-se ao festival online que, como tudo, sofreu de uma inevitável incontinência ad nauseam - com centenas dos mesmos a ocorrerem principalmente nos últimos 9 meses. Excluo aqui os muito poucos podcasts de reflexão, debate e pensamento sobre a Tuna - que tiveram o seu tempo e público muito específico e que, hoje, estão em fase de repensar posicionamentos e conteúdos, mostrando aqui bom senso, sentido de oportunidade e propósito doseado inteligentemente (e por isso, distintos dos meros eventos tuneris online, obviamente).



Estamos numa fase cada vez menos híbrida e, por tal, mais clara, que requer a meu ver, preparação efectiva para o regresso ao palco de facto, ao vivo, como antes de Março de 2020. Este é o tempo para deixar de lado o site e preparar o sítio, como qualquer Tuna que se preze facilmente depreende. Se tal implicar adiar para mais adiante no calendário deste ano, que seja.


Apostar em eventos online neste momento é "levar areia para a praia" só que com cada vez menos gente nela. Com o Verão à porta, então, é bom de ver. Mais afirmo: Define até quem é quem neste momento em particular, além de revelar falta de ambição e/ou incapacidade de regresso à normalidade. Cada um fará o que bem entender, obviamente: O direito ao abnóxio é legal.



Sei de alguns certames - como já dito anteriormente - que estão quase, quase a anunciar-se. Com toda a probabilidade começarão a surgir em meados de Setembro - por motivos óbvios - e continuarão até ao final do ano, momento em que seguramente tudo estará normalizado.



Mais ainda posso adiantar: Está na forja, ao que julgo saber, um novo projecto tuneril na região do Porto e norte do país, de abrangência multitudinária. A ver vamos o que acontecerá. Pelo menos o fenómeno "mexe", óptimo.


Tudo razões e motivos para voltarmos a ser o que fomos de facto. Há aqui um "está quase" que desafia a nossa paciência, já pouca e com motivos para tal. Mas é este momento do "está quase" que impera na preparação do mais que presumível "acabou, vamos recomeçar".



A retoma dos palcos está aí. 





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