Mais um livro nos escaparates, pela mão de Jean-Pierre Silva, desta feita abordando a Estudiantina Fígaro, 1ª obra exclusivamente a ela dedicada sobre a sua passagem pelo nosso país e Brasil, em todo o mundo.
Havendo outras obras mas que nunca abordaram - o que, pelo menos, será estranho ou talvez não... - as importantes passagens da Estudiantina Fígaro pelo nosso país e pelo Brasil, este novel livro é mais uma importante obra científica sobre a Tuna e com contacto, no caso, directo, com a nossa história tuneril - que começou no último quartel do Século XIX, tão antiga portanto, como a espanhola.
Composto por 3 partes - a primeira sobre os seus primórdios passando por Portugal, depois já mais consagrada na sua passagem pelo Brasil e, finalmente, a etapa derradeira onde passou mais despercebida - este livro é de fácil leitura, repleto que está de imagens de jornais da época a ilustrar a pena do autor, trabalho de pesquisa sublime, com detalhes muito interessantes, revelados apenas pela incomensurável dedicação do Jean-Pierre Silva, que assim, nos oferece mais uma interessante - e importante - leitura.
Destaco particularmente o percurso deste grupo - superiormente narrado e documentado pelo autor - por Portugal desta que é a única tuna transversal a todo o mundo tuneril - que o livro tão bem prova e explica - com algumas revelações, a par de algumas outras notícias já dadas anteriormente avulso, que este livro acaba por firmar indelevelmente, com pena de qualidade e rigor a que já estamos habituados.
Num tempo onde muito se promete e nada se faz, o autor faz o oposto, fazendo primeiro e cumprindo depois. Ora cá está mais um livro - que enriquece a sua já vasta obra escrita mas também da nossa bibliografia tuneril nacional, o que muito se agradece e, desde logo, marcando a perenidade da investigação tuneril feita em Portugal por quem, acima de qualquer suspeita, mais lhe dedica tempo e paciência.
De um lado, o alarido pop travestido de sapiência tuneril à la cart(a)e; do outro, mais um livro nos escaparates. A quem possa interessar no nacional-folclorismo tuneril, este livro tem 124 páginas e nenhuma contra-indicação na sua bula, asseguro. Pode ser que seja desta que alguns comecem a ler primeiro e a comentar depois - ao invés do seu ridículo contrário.
Longe vão os tempos da unicidade investigativa castelhana - e alguma dela, tão romântica quão martelada. Cá, já se vai no 10º livro e não vai ficar por aqui.
Parabéns ao Jean-Pierre Silva. A verdade é que quem produz tem enorme mérito. Quem não.....não.
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