A Aventura do Pioneirismo



 

 

Primeira Aventura do ano. Sobre pioneirismo, curiosamente.



O pioneirismo em algo é sempre matéria de alguma disputa intelectual - admite-se.

 


Se uns acham tal relevante – pelo exemplo, rasgo, dinamismo, visão – já para outros, será algo menos importante ou até mesmo irrelevante. Concede-se, cada um valoriza o que bem entende – e tudo bem.

 


Contudo, a valorização/desvalorização do pioneirismo é algo que não fere a veracidade dos factos em apreço. Não é por se valorizar ou desvalorizar que os créditos legitimos sobre algo desaparecem ou, pelo contrário, amplificam. É o que é, que pertence a quem de direito. E, por isso, não pode ser escamoteado, dê-se a relevância que se lhe queira dar. Podemos não ligar a futebol, mas o resultado do jogo em causa não muda por essa razão.


 

 

Não sendo uma necessidade, de todo, fica o registo no tempo e no espaço. Quem, em 2011, trouxe, de forma publicada e publica, a História de facto da Tuna estudantil portuguesa e até mundial, tem o direito de reclamar sempre que entenda, tal pioneirismo. E tal imperativo mostra-se ainda mais pertinente com o andar dos tempos, sendo que os actuais mostram que muitos começam a conhecer de facto a verdadeira História da Tuna nacional e estrangeira, mas julgando saber tal por interpostas pessoas - certamente respeitáveis - que apenas reproduzem o que foi publicado há 13 anos. O que nos leva à questão do crédito ao pioneiro.



 

Não se coloca em causa que alguns o façam, tomando para si essa noção de pioneirismo, quando apenas estão a reproduzir algo que outros já dizem há mais de uma década. Pode nem haver maldade, concede-se. Mas, na realidade, apenas estão a reproduzir algo que já é conhecido há muito tempo e que foi dado à estampa por terceiros. Mais uma vez, a importância reside no crédito a quem de direito, ou, como soí dizer-se, a César o que é de César.

 

 



Denota-se, pontualmente, neste apartado, alguma confusão – digamos assim – que induz uma espécie de “descoberta” de algo agora que - lá está - já fora descoberto há 13 anos e pelo menos. Por várias razões – desde a fulanização, a negação, o “apanhar” do comboio apenas agora, simples desatenção (já aconteceu), vil aproveitamento, etc – por vezes fica a ideia de que tal delay temporal existe, quando não há razão alguma para tal atraso na percepção da realidade. E é por essa razão que se deve creditar o pioneiro.

 


 

Ninguém é dono dos factos. Certíssimo. Aliás, quem os estuda sabe disso melhor do que ninguém. Mas não é menos verdade que há quem os tenha estudado primeiro, de forma séria, comprovada e elevada, publicando tais estudos. Apenas o reconhecimento devido deve imperar, sugere-se. Até porque a Lei tem tal reconhecimento previsto: A Usurpação é crime, de acordo com o Código de Direitos Autorais e Conexos, sendo certo que a propriedade intelectual tem o mesmo valor juridico que a propriedade material. A César o que é de César não é, nem pode ser, ofensivo seja para quem seja.

 

 


Constata-se com alegria (porque atestado, desde logo, de seriedade de quem trouxe os factos à tona) que muitos, hoje, reproduzem a Verdade sobre a Tuna estudantil portuguesa, baseada em estudo sério, a seu tempo, algo que não é actualmente uma novidade, sequer. 




Não há constância, até à data, de factos novos que tenham alterado - e deixa-se sempre tal remota possibilidade em aberto - tais noções factuais, provadas e constatadas, então, sobre a origem da Tuna estudantil portuguesa - e da Tuna em geral, aqui e além fronteiras. 




Está claramente delimitado no tempo e no espaço quem o fez, por publicações várias, que facilmente comprovam o que aqui é escrito. Não vale, por tal, a pena, sequer, fazer-se de conta e “saltar” olimpicamente sobre o pioneirismo do estudo da Tuna nacional: Além de ingénuo, é facilmente contraditável e mais fácil será a produção da prova.

 

 

 

Comentários