A Aventura da Embaixada Tuneril

 




Regressemos, então, às coisas boas do tema que preside a este blogue, a Tuna enquanto expressão musical, antes e acima de tudo e qualquer outra coisa.


Lembrando a famosa Tuna Valladolid-Coimbra (e outras similares), tão bem documentada e estudada no Além Tunas, tivemos recentemente uma embaixada pontual e, no caso, a Espanha, que reuniu Tunos de diversas proveniências, a ExTudantina Boémia Portugueza, que, segundo confidência de um dos seus componentes, é e cito "uma agremiação de projecto para irmos a Espanha", ou seja, a tal embaixada pontual, para um único espetáculo (ou conjunto de) em concreto, num lapso temporal específico, em local/locais específicos.


A relevância deste acontecimento vai, contudo, mais além do que o mesmo


1) A boa prática recuperada: É sempre manifesto de salutar vivência existirem este tipo de embaixadas, que recuperam esse espírito tuneril nacional, por tradicional, mais efémero e para uma dada circunstância e lugar, mesmo que sem prejuízo de, futuramente, derivar num outro contexto. Recordar que a Tuna Compostelhana, p.ex, surge apenas no Carnaval e só depois assume carácter mais perene, permanente, como Tuna-instituição (como atesta Baldomero Cores Transmonte).


2) O Espírito inerente: Longe da competição como mote inicial, bastaria para se auto-justificar. No caso, acresce ter sido um certame e, a somar a tal, terem sido os vencedores do mesmo. Mas na base, não foi a competição que motivou. A composição do grupo, sempre heterogénea, comprova desde logo a sua pertinência.


3) O Romanticismo Positivista: Porque não aparta, congrega; porque não inventa, reproduz a tradição tuneril de facto; porque é despretensioso, logo, sem malícia; porque natural, não forçado.


Para a mesma embaixada, a ExTudantina Boémia Portugueza, o meu aplauso, extensivo a todos os seus componentes sem excepção. 


Excelente exemplo de como honrar a História Tuneril a favor da mesma, sempre adaptada aos tempos de hoje - e muito bem.


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