2014. Um pequeno grupo de 7 tunos começa, então, a dar os seus primeiros passos.
Convidaram-me, então, para os ensaiar. Acho que escrevi umas linhas sobre tal, por aqui. Não me irei repetir.
Certa noite, em ensaio ainda numa sala contígua ao BdB (Bar doce Bar), lancei-lhes o desafio: “Porque não fazem um festival de Tunas?”.
1ª Edição, com os magnificent seven - como então uma professora deles os apelidou na net - e mais cinco que, entretanto, se juntaram, mais eu (para apenas solar a adaptação “Boa Noite”), subimos a palco para o I FITU, conforme a foto em cima - e video em linha também - atesta inequivocamente, a 7 de Novembro de 2015.
O resto é História. E no caso, devidamente documentada, sem espaço a qualquer dúvida, viés ou distorção.
Firmou-se como um dos mais relevantes certames internacionais do panorama tuneril nacional, nesta última década. A pulso, mérito inteiramente dos seus componentes e a cada edição:
O cuidado com o pormenor, tunas escolhidas, acolhimento, cuidado na escolha do Júri, som e luminotecnia, apresentadores, logística, tudo exigências normais que são ADN deste evento. O primado da Música acima de tudo é imagem de marca deste evento.
Conseguiu trazer Tunas de enorme relevância no panorama nacional, sendo poucas as de referência que ainda não passaram pelo palco do Teatro Ribeiro Conceição. Em nove edições contou com 6 tunas espanholas, sendo algumas delas referência também no panorama espanhol - como Magistério e Direito de Sevilha, por exemplo. A Tuna de Bardos de Porto Rico apenas falhou a sua presença - no III FITU, a 4 de Novembro de 2017 - por força do furacão Maria que, nas vésperas, assolou a ilha. Recorda-se, agora, aqueles dias imediatamente após o evento, onde tentávamos comunicar com os seus elementos, dado nem sequer energia eléctrica haver em Porto Rico, então….
A pandemia de Covid interrompeu, em 2020, o natural evoluir do certame, que a custo regressou em 2021, com tunas portuguesas.
Desde a pandemia que acompanho este percurso mais à distância, por vontade própria de quem tem quotidianamente vários projectos em mãos - e desde sempre, algo natural.
Está a dias da sua 10ª edição, coroando este percurso também ele magnifico. Num território difícil, interior norte, com as suas vicissitudes, levar a cabo um evento desta natureza é, por si só, desafiante. Mas o Tempo - esse sábio - provou que tudo é possível quando há Visão, Seriedade e Trabalho.
Apenas regressei aos Jograis Vinhateiros na edição de 2023, excepcionalmente e a pedido dos "meus" Jograis - algo a que acedi com todo o gosto. Mas o normal e saudável distanciamento é sempre bom conselheiro e dá-nos a real perspectiva das coisas - no caso, do evento em questão.
Está firmado e filmado, não há espaço para duas versões. Com alicerces seguros, fortes, de raiz. Tudo foi feito para tal.
Daqui em diante, apenas posso desejar que melhore o que de muito bom já tem - missão difícil, note-se, mas perfeitamente possível, haja humildade, saber e paciência.
10 edições. Uma década. Fica para a História quem a fez. E quem a fez, sabe quem é quem. Sei ter aportado o meu liliputiano grão. Mas os actores principais deste filme são aqueles 7, de 2014:
Foram estes e apenas estes 7 que tiveram a coragem que importa: Estão todos na fotografia em cima.
Venham outros 10!
Post Scriptum - Sem qualquer intenção que não a derramada, referir nesta "Aventura" o papel do Luis Galego, ex Magister, que eu pessoalmente considero de alta relevância no contexto do pós pandemia em diante. A ele, esta "Aventura".
Post Scriptum 2: Como curiosidade, o ultimo ensaio de 2015. Porque recordar é viver:

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