A Aventura do "Regresso"

E eís que o regresso à época festivaleira nos trás, basicamente, mais do mesmo. Ainda vamos praticamente no início do segundo quartel da época festivaleira em Portugal e já temos muita roupa suja para lavar - temos, é como quem diz, pois há quem a tenha toda lavada e desde casa...

Temos uma vez mais para todos os gostos, tipos e feitios e á escolha do freguês tunante que ainda não percebeu que é quem vê e não quem participa o destinatário do que fazemos todos.

Desde o certame feito em cima do joelho com reclamações de todo o genéro, desde certames onde se param actuações a meio para "melhorias técnicas" em prol do espectáculo (!!??), passando por mais do mesmo sobre prémios e afins (afinal quem ganhou o quê e porquê como se o público - esse eterno desconhecido - se estivesse a preocupar com isso) terminando em eventos onde não se percebe o que é que se passa em cima dos palcos - e o público uma vez mais que se "fecunde"... - temos já e nesta altura do "campeonato" , um pouco de tudo na palete sempre colorida dos certames competitivos. É caso para dizer que assim não dá, meus amigos!

Continua alegremente o fenómeno tunante e ciclicamente a "desmaiar" com extrema facilidade no acessório, no "show off", no "armar aos cágados" e essencialmente a refletir-se num imenso jogo de espelhos, quase que levando a pensar que as pessoas vão mudar de opinião a cada resultado que saí de certames sobre...qualquer coisa. Começa a época festivaleira e parece a abertura oficial à caça da perdiz, só se ouve tiros dados por todos e mais alguns pró ar e sem qualquer intenção de precaver a imagem geral, antes a sua imagem, que é o que convém quando se anda à caça, ou seja, levar à cintura o maior número de aves chumbadas....

Eu quanto mais vejo, mais me divirto, francamente e por duas ordens de razão: porque me estou nas tintas para este imenso circo e porque ainda há quem em Portugal insista em querer vincar o seu ponto de vista à custa não do que é mas sim do que um Juri lhes, circunstancialmente, oferece. Azias, más disposições, defesas da honra organizativa e afins, qual novela mexicana dobrada em Servo-Croata, numa espécie de seriado tipo TVI mas em formato tunante, onde cada epísodio não adianta nada ao essencial, antes se repete e por isso, satura porque vazio e mais do mesmo. Valha-nos alguns oásis para contrabalançar este cenário ridiculo e cómico.

Lá para o Verão acaba isto tudo. Fixe. Tenho receio é que em Outubro regressemos à vigésima vaga do "eu sou melhor que tu"......

Comentários