A Aventura de (mais) um equívoco

Embora a "Silly Season" esteja oficialmente decretada, faço um rewind um pouco mais sério nesta "Aventura".

Passou ao final da tarde de hoje em repetição na RTV - canal regional, presumo, um programa entitulado "contrastes" onde o tema geral e mais genérico versou o academismo, tocando no de ontem - Crise Académica de 1969 - e no espectro de hoje. Naturalmente se falou - e ouviu - Tunas, bem como foram entrevistados alguns convidados.

A dada altura do dito programa a pivot de serviço entrevistando um académico (entenda-se praxista) questiona o mesmo sobre a parxe e a sua função integradora, ao que o mesmo responde que e cito "caloiro tem de aprender a ganhar o direito a envergar o traje".

Não questionando o lado profilático que se prende com o pretenso direito do caloiro a envergar Capa e Batina, cabe aqui um esclarecimento e que - no caso da Academia do Porto em concreto - caloiro tem o direito a envergar o traje desde o 1º dia de aulas - mormente a prática corrente não seja, infelizmente, assim. E deve o "animal" enverga-lo pela mesmíssima razão que em oposição de fase se deve praxar e/ou banir da Praxe quem mais tarde o enverga somente para a fotografia de familia à la Queima quando até então se andou olimpicamente a fugir ao estar na Praxe (e casos desses é fartar vilanagem...).

Há que, pois, distinguir dois planos: o direito estricto senso e o direito académico ao uso do traje. Se bem que académicamente ou praxísticamente esteja, no geral, de acordo com essa procura do tal direito, não é menos verdade que - e há que desfazer o mito - caloiro pode e deve, integrando-se na Praxe, envergar Capa e Batina desde o seu 1º dia de aulas, havendo até para os mesmos primeiro-anistas regras específicas na forma de o envergar.

Traje-se pois os caloiros que querem estar na Praxe e destraje-se aqueles que mais velhos sempre se estiveram nas tintas (e a disso fazer gala..) para o sentir praxista e que, convenientemente, o compram na véspera da Serenata para a Polaroid do papá poder estrear-se...

Fica o reparo ou o desfazer do mito, se assim se quiser.

Regresso agora, sim, à "Silly Season" ....

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