A Aventura dos "Anonimvs Academicvs"....

Esta é do fundinho do baú da memória.....

Fase de apuramento para o Mundial de Futebol nos EUA, em 1994. A 24 de Fevereiro de 1993 a nossa selecção recebe a equipa Transalpina no então Estádio das Antas e perde por 3 bolas a uma. Copiosa derrota em casa, portanto.

Passado alguns dias, folheando o "Jornal de Notícias" encontro uma pequena notícia encimada por uma foto com alguns estudantes trajados, de cara velada pela Capa e com Gorro da Praxe, com o título "Anonimvs Académicvs reenvidicam roubo da placa".... a coisa prometia. Há que ler...

Não posso precisar todo o texto mas retive até hoje o essencial. Os "Anonimvs Académicvs" reevindicavam o roubo da placa do Consulado de Itália no Porto, sita à Rua da Restauração - que de facto faltava no seu devido lugar bastando por lá passar... - sendo certo que o mesmo grupo anónimo estaria disposto a devolver a mesma placa desde que a FIFA retirasse os 3 golos da selecção Italiana e, consequentemente, Portugal ganharia o jogo por 1-0 e amealharia os 3 preciosos pontos.....

Até hoje, nem a placa apareceu nem os 3 pontos foram atribuídos a Portugal......


P.S. - Tenho uma vaga ideia de quem possa ter defendido tão académicamente a nossa selecção mas não posso afiançar, de todo.... em todo o caso o Prof. Carlos Queiróz poderia ter contactado a malta acima e provavelmente teríamos evitado o play-off com a Bósnia. Bom, pode ser que dê jeito agora na África da Sul já que no Porto há pelo menos Consulado do Brasil - mesmo que houvesse da Coreia do Norte seria perigoso...para eles, claro....

Comentários

Lembro-me muito bem desse jogo... fui ve-lo às Antas. E recordo-me que perdemos e perdemos bem. Lol. A selecção italiana na altura era muito forte.

Mas olha que não faz sentido roubarmos a placa do consulado do Brasil... afinal de contas também temos jogadores de lá. Seria como roubar a placa do consulado Português ou da Federação Portuguesa de Futebol... ;)
Uma pequena correcção: na fotografia aparecia apenas um estudante.
E um acrescento: havia um prazo no fim do qual, se a justiça não tivesse sido reposta, a placa seria "executada" (por fundição).

Aqui fica a entrevista que o grupo Anonimus Academicus deu ao Jornal Universitário do Porto (com a dita fotografia e uma alusão à fundição):
http://lh6.ggpht.com/_i4og1BgXKOQ/TAwrpoWT4NI/AAAAAAAAAEQ/V2izIOSTEyU/AnonAcadJUP.jpg

(O cartoon é independente, e fraquinho, e só o incluo por razões óbvias de formato; mas para o caso de alguém mais novinho ver isto, e para se entender melhor uma passagem da entrevista: esta foi a época em que um governo de Cavaco Silva, com o ministro da educação Couto dos Santos, aumentou as propinas de 1200 ou 1400 escudos para cerca de 50000 - mais de 3500%; e das AEs da FAP, apenas as de Ciências e Belas-Artes discordavam do aumento... O "contrato" era um compromisso de utilização do dinheiro das propinas para melhoria da Acção Social. Viu-se...)