A Aventura da Missão C(o)umprida....

5 anos, mais coisa menos coisa. Dava para tirar uma licenciatura, daquelas a sério, sem bolonhices. Um percurso comprido mas efectivamente, quero julgar, cumprido.

Contudo, e em vésperas do seu lançamento, há alguns considerandos que gostaria de tecer:

O 1º de todos: Que não se julgue, querendo decorar parágrafo a parágrafo, virgulas e pontos finais incluídos, que tal fará do excelso leitor um Iluminatti em Tunas, que fique bem claro. De todo. Se não o faz e no que toca aos autores da mesma obra, muito menos o fará nos destinatários da mesma. Este percurso comprido teve vários momentos que, grosso modo, corresponderam ao tamanho da empreitada que se tomou em mãos, com tudo o que tal significou. Muitos avanços, alguns recuos, dúvidas muitas, esclarecimentos vários, pesquisas feitas até nos sítios mais insuspeitos e por aí fora. Momentos de ânimo, de algum desânimo, de êxtase, de calmaria, todos eles corresponderam a um pano de fundo que, basicamente, nos indicou o final deste caminho percorrido. E esse final diz-nos, hoje, várias coisas importantes.

Uma dessas importantes conclusões - para lá da supracitada - é que inverdades - mesmo mentiras - com 25 anos irão cair face a verdades de mais de 100 anos. É também esta obra uma assumidela dos autores, que também eles se enganaram a seu tempo dizendo coisas que, hoje, se provam não serem assim, antes assado. Ora, mais não poderemos pedir, ou mesmo exigir, que tomando-se a seriedade da presente obra como dado adquirido, os putativos leitores da mesma terão, forçosamente, de assumir da mesma forma o seu conteúdo, até prova em oposto. Repito, até prova em oposto. Prova essa que carece de pesquisa continuada, tal qual a que os autores fizeram para chegarem até aqui. De nada adianta, pois, fulanizar algo bem maior que qualquer douta cabeça; o trabalho é sério, cientificamente elevado e até prova em oposto, tomado como tal.

Não é a "Biblia" tuneril nacional, de todo. Aliás, eu pessoalmente abomino tal comparação ou pretensa elevação a um patamar de "imaculada verdade"; Antes, prefiro que se continue a questionar e investigar o fenómeno e, se para tal, for posto em causa o trabalho contido neste livro, óptimo, desde que tal seja feito de forma elevada, cientifica, provada e comprovada, tal qual feito pelos autores da presente obra. Se alguém der continuidade a esta empreitada, futuramente, então a presente obra teve desde logo um mérito: Ter dado pioneiramente o pontapé de saída para elevar a tuna a patamar de respeitabilidade ímpar até hoje. Perdoem-me tal soar algo petulante, mas a falsa modéstia nestas coisas pode ser considerada uma forma de arrogância.

Finalmente e quanto a esta obra, o mais importante e quanto a mim: Saber ler a mesma; é que não basta devorar o livro e ponto final. Sabemos, por conhecermos o meio onde nos inserimos, que a suprema tentação em isolar frases para proveito próprio é enorme; esta obra não se compadece com tal, vamos assumir tal desde já. É de leitura algo densa aqui e ali e que por tal não permite, mormente a facilidade de comunicação que se imprimiu à mesma, isolar "a metro" afirmações. Tudo tem um contexto, uma história, uma causa e sequência, não surge X do nada. Mais do que ler o livro será importante, antes, saber ler este livro. Caso oposto, é tempo mal empregue por parte do leitor. Da parte que me toca, dever cumprido.

Comentários

Marta disse…
E mesmo antes de ter visto ou lido tal obra, só me apraz uma palavra: Parabéns a todos quantos estiveram envolvidos neste "pontapé de saída" de algo nunca então feito até agora.
Beijokas!
Olá Marta!

Como bem sabes, tenho para mim que o que é infinitamente mais importante será o que cada um dos que a vierem a ler aprenda qualquer coisa que seja, por mais pequena até, envolvendo-se na procura de mais conhecimento, num processo dinâmico que não assenta - como até aqui foi - em dogmas, verdades de 3/4 de mês ou ainda no comum "diz que disse".

Se o livro em causa ganhar essa "batalha" e tiver repercussão na forma como todos nos entendemos, entenderemos doravante, no melhor sentido possivel, passando todos a conjugar o verbo "fazer" na 3ª pessoa do plural, então valeu a pena. Dispenso eu, pessoalmente, qualquer agrado à minha pessoa enquanto co-autor se isso significar que a Tuna estudantil portuguesa vai, agora, saber muito mais de si, sobre si, sobre o que foi e hoje é. Basta que seja só UM tuno, algures, a apreender o essencial, a saber ler o livro, o que ele contém lá dentro de facto. E eu ficarei com um sorriso de orelha a orelha. O resto vale o que vale.

Bjokas!
Um off-topic dentro do topic:

É por demais evidente que o que iremos contar-vos em Bragança - não lendo obviamente o livro.... - será algo "bombástico" (entenda-se o termo sem conotação militar ou à la TVI) aqui e ali. Até por isso valerá a pena ir lá a cima!

Jokas!
(mais um ataque do Tio Al, esqueci-me acima..):

Eu já li o livro. Várias vezes, como calculas. E não me canso de o ler apesar de tudo. Natural, coisa tão paternalista. Mas não o ajudei a escrever para EU ler: antes sim para os outros lerem. É um bocadinho diferente, apesar de tudo....

Jokas!
Marta disse…
E tu bem sabes, porque já to disse, que estou ansiosa por tê-lo na minha mão. E é por essas mesmas revelações, pela curiosidade que tenho, pelo prazer de privar com quem teve este enooorme trabalho (porque estar, ouvir, conversar, debater é tão diferente de ler e uma coisa não substitui a outra!) que irei, com todo o gosto, a Bragança - só por isso, vale certamente a pena.
Reconheço a tua humildade, mas permite-me - a ti e aos outros co-autores - dar os mais sentidos parabéns e agradecer todo o trabalho tido ao longo destes 5 anos. Porque, para deitar abaixo, há muito quem o faça (e até antes mesmo de a obra ver a luz do dia, imagino o depois...), mas também é preciso dar o seu a seu dono. Por saber que está prestes a vir ter à minha mão uma obra séria, fundamentada e com árduo trabalho e empenho, num tema que não me sendo dirigido me diz muito, há que fazê-lo. Creio que a tuna estudantil, os tunos e quem quiser saber mais sobre o assunto terão muito a ganhar com esta obra.

Beijokas!