A Aventura do Tiro na Água....



Há alturas, tempos, para retirar conclusões. Estamos precisamente a atravessar um desses tempos.




Clamorosa derrota, exposição pública ao ridículo em toda a linha, atestado de clara menoridade intelectual e obviamente com consequências a serem retiradas.


A 1ª delas é que não vale a pena. Entre Tunas com T grande - e não trupes musicais que estão e estarão doravante comprometidas - as coisas são claras, por muitas pressões, chantagens, ameaças que às mesmas sejam feitas. De nada valem, de nada valeu, de nada valerá. Tiro na água. Excelente oportunidade perdida para estarem quietos, pois teriam ganho mais com tal sossego, assim a inteligência lhes tivesse permitido aferir.


Desta conclusão supra percebe-se uma outra directamente a ela conectada: Perda de toda e qualquer legitimidade -a pouca ou residual que ainda detinham - por óbvia constatação. Não só são literalmente ignorados em todo este processo como são "desautorizados" pelas tunas que, legitimamente, ignoraram o "decretado". O que faz concluir mais ainda: que em razão de matéria - como sempre foi, é e será - não são as Tunas estudantis objecto de "decretos", sequer, por absurda tal déspota noção. A somar a toda esta comédia em que os próprios se afundaram temos mais uma óbvia conclusão: Ao quererem afrontar as Tunas e ainda por cima em tempo de regresso à actividade tuneril ganhou o ridículo contornos de autêntica paródia, fonte inspiradora de anedotário e pior, com laivos infecto-contagiosos, já que neste momento os indicies de respeitabilidade e seriedade são nulos não só perante as Tunas mas junto do estudante em geral que tenha dois palmos de testa, note-se.


A tudo isto ainda temos de observar mais um extra como inevitável consequência, a clara noção de guerra aberta e intestina no seio do auto-proclamado "organismo" que, por falhanço clamoroso e ridículo subsequente, trás à tona o "melhor" que esta gente tem: a insaciável procura de poder e exposição pública para polimento de egos; se fossem minimamente inteligentes teriam aprendido a lição e retirado as devidas conclusões da mesma, nomeadamente renovarem-se de facto quer na forma quer no conteúdo; toda esta tragédia grega apenas lhes irá subsidiar o pior que encerram, perdendo-se assim uma excelente oportunidade de construir algo sobre os escombros que este "decreto" desabou em cima deles mesmos. Problema deles - pois para as Tunas é-lhes igual ao litro.


Estou ciente que esta opereta não terminou por aqui. De todo. Quem os conhece sabe qual é o seu modus operandi. Cabe às Tunas esvaziar com a sua classe e inteligência as - mais que - prováveis "manobras" que aí vêm. Não se pode ser ingénuo quando - não faz muito tempo - até ruas foram bloqueadas às 3 da manhã. Começa a ser hora de chamar a policia, aquela a sério, quando ocorrerem este tipo de "coisas".


Finalmente: Esta foi uma excelente oportunidade para a Tuna na Academia do Porto crescer enquanto colectivo e ganhar força institucional e cultural de maior relevância, a tal golden share que falei em tempos; porém, temo ter sido mais uma oportunidade perdida: Ainda há muitos que se acham em demasia e que, por isso, preferem polir o seu ego a tentar unir forças, respeitando na homogeneidade as diferenças entre todas. É pena que ainda haja quem não consiga ver mais além do seu couto. E isso vai ter um preço alto a pagar, a prazo. Lembrem-se que foi graças ao voluntarismo - e não ao egoísmo - das tunas do Porto que se toureou o dito cujo "orgão"....



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