Há que realçar sempre tal ocorre. O fenómeno também tem coisas positivas e deve-se dar destaque às mesmas em tempo útil.
É uma visão bipolar, assume-se. Se, por um lado, mais não é do que a prossecução da própria história tuneril nacional - que nos diz que há tunas femininas desde que há tunas estudantis em Portugal - por outro lado, é uma autêntica pedrada no charco pela positiva, por ir contra uma noção errada quanto à tuna feminina e à participação historicamente definida da Mulher em tal expressão musical.
É um serviço inestimável que a Azeituna presta ao todo do fenómeno, com todo o sentido, pertinência, rigor histórico até - nada obsta uma Tuna Feminina num festival de tunas, seja ele qual for - e que vai ao encontro da contemporaneidade tuneril nacional - que nos diz de forma clara, inequívoca e evidente sobre o papel crescente da Mulher na manutenção e até sobrevivência, da tradição tunante nacional.
Além de tudo o atrás escrito, a inteligência de quem promove tal, atestado de superior visão sobre a temática, cientes da qualidade interpretativa que as tunas femininas nacionais podem, tranquilamente - porque o fazem amiúde - oferecer ao público, seja mais ou menos aficionado.
Noutro registo, o evidente statement que indicia normalização histórica e actual da tuna feminina portuguesa, mais do que justificada pelos tempos de hoje, cada vez mais exigentes - e ainda bem - quanto à igualdade de género.
Só me posso congratular por ver um dos mais importantes festivais nacionais a lavrar por este caminho, tão justo quão historicamente justificável, para lá da merecida normalização que os tempos actuais exigem, até.
E que sirva, já agora, para alguns néscios deixarem de o ser e quanto a esta questão substantiva, quer em Portugal quer - principalmente - em Espanha e América do Sul e central, que nesta - e noutras - matérias continuam mergulhados no romantismo ignorante que as tretas de quem nada sabe continuam - desafortunadamente - a alimentar, nos antípodas que estão da Verdade e Rigor histórico sobre a Tuna Estudantil.
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