Não é, sequer, nada de novo.
Várias "Aventuras" sobre ilustres Tunos foram aqui lavradas, Urbi & Orbi. Faço-o há quase 20 anos, basta procurar aqui.
Depois, ainda um sucesso de views´s - https:// asminhasaventurasnatunolandia. blogspot.com/2016/03/a- aventura-dos-grandes.html - que contextualiza, precisamente, a(s) diferença(s) entre o comum Tuno e aquele que, a meu ver, se destacou dos restantes pares.
Porque os há - sem arrogância mas sem falsa modéstia.
Uns, pelo seu labor mais dedicado ao estudo e historiar da Tuna; outros, pela sua personalidade e contributo particular, legado ao todo da comunidade tuneril.
Este é, seguramente, um desses casos.
À frente do seu tempo: Personalidade vincada, única, agregador de vontades distintas, empreendedor, multifacetado musicalmente como podemos ver no seu Youtube. Acima de tudo, o Fado - penso não estar equivocado.
No boom portuense, raro foi o Tuno que não conheceu o Manuel Moura ou, se quiserem, o Spider.
Destacam-se alguns acontecimentos - entre muitos outros - da sua lavra, como o Cybertunas em 1996 - 25 tunas, 252 Tunos em palco, 3 palcos e 2 ecrãs gigantes sendo um deles ligado à www por linha telefónica dedicada - o Conclave Tvnae - tendo sido o seu impulsionador maior - e o Luau Académico, terminando no Tunos pelo Coliseu. A virtude maior, além da inovação em si mesma, terá sido a capacidade agregadora de gente distinta dentro da Academia do Porto, que o levou a fundar, mais tarde, o grupo de plectro "Os Lusíadas", uma associação cultural com provas dadas no panorama - onde eu estive na sua fundação, fará 30 anos no próximo 2026.
Note-se um ponto transversal aos eventos citados: Todos eles a favor do e para o colectivo - e não a favor de uma dada instituição apenas, ou por e só para ela dedicada. Esta capacidade multitudinária é rara e, per si, bastaria para o destacar.
Embora afastado quase por completo do meio Tuneril praticamente há 30 anos, acompanha o mesmo à distância virtual - virtual esse, que tão caro lhe é - e trata-se de uma personalidade relevante no contexto portuense - e nacional - do boom tuneril dos anos 80/90 do Século XX, inequivocamente, com a "sua " TUP mas, principalmente, com o Fado e os vários grupos de que fez/faz parte activa.
Cito-me, em parte da "Aventura" supracitada:
"Quem é reconhecido worldwide é-o por alguma ou várias razões objectivas, concretas, factuais, que não carecem de contraditório sequer dada a dimensão das evidências. É-o por todos os quadrantes, em qualquer ponto cardeal onde há Tunas e gente séria nelas. É uma amplitude que resulta do voluntarismo dessas poucas figuras - e não uma imposição das mesmas a terceiros. É uma dimensão que extravasa a sua própria Tuna enquanto Tuno, vai muito mais além, torna-os da Tuna em geral."
Parece-me, salvo melhor douta opinião, que o Spider configura, em toda a sua plenitude, o contido no parágrafo supra.
Esta é a "Aventura" a ele dedicada, meu Padrinho de Tuna também e companheiro nos "Lusíadas".

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